Um poema de Mayara Brecher *
De tanto desnudar-me,
Não de corpo, – pois desse já nasci –
E querer morrer em pele crua,
Sinto profundo, cada camada.
Das entranhas à fronteira,
Onde me encontro
não há mais barreira.
Onde tudo é puro e a visão é clara,
Todo medo que desafia
já não me para.
Me movimento em espirais,
Me expandindo e me expondo.
Desnudo-me, com prazer, ao infinito!