Um poema de Adna Rahameier

Nas nossas costas
Sustentamos o mundo
Damos conta de tudo
É quase um absurdo
Senão fosse tão cotidiano
Não quero um dia
Não quero rosas
Não quero desculpas
E nem ser chamada de maravilha
Quero respeito
Igualdade
Nada além do que
Ultrapasse o meu limite
Todo trabalho que fazemos
Move as engrenagens do mundo
E nenhuma cifra paga o amor que doamos
Com o tempo pagamos
E aceitamos
Que a sociedade cometeu um grande engano
Todos os dias são nossos
Porque fazemos da luta
Uma rima a cada dia.
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Adna Rahmeier é poeta e artesã em Foz do Iguaçu, Pr.