– Um poema de Raphael Rodrigues Vilela –
Eu, nesta terra, já passei por muitos cenários
Jamais ouvi o mesmo canto dos mesmos canários
Descobri que a vida é como rio e água corrente
Sempre outra, se não de fato, no coração da gente
Vejo a tenacidade do pássaro, sempre a fazer novos ninhos
Não importa o destino das suas antigas ninhadas
E talvez, seja isso mesmo, essa nossa caminhada
Se reinventar com o que temos para cada dia
Porque, no fundo, não somos nada de fato
A inconstância é um atributo de todo ser humano
Mudamos ao longo do dia
Mudamos ao longo dos anos…
Mas não somos nem por isso
Levados pela vida, como o vento leva a folha
Temos todo esse nosso imenso interno mundo
E a onipresente dádiva de se poder fazer escolhas!
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