– Um poema de Letícia Scheidt.
Uma fotografia de Carol Lopes. –
RETÓRICA
Não me apresses.
O pensamento tem sua cadência quase autônoma.
Metabólica.
Desorienta-te.
Tua existência segue o fluxo feito folha na corrente.
Estrambólica.
Chega devagar mas faminta.
Há espaço na mala para mais intimidade.
Simbólica.
Observa a contenção dos corpos.
A pele reúne uma dose de narrativa inquieta.
Diabólica.
Beija a minha pálpebra.
Fecha os olhos e segue os contornos da paisagem.
Hiperbólica.
Letícia Scheidt faz poesia em Foz do Iguaçu. Carol Lopes, também.