Letra de Chico Buarque homenageia o movimento de 25 de abril de 1974 em Portugal, que ficou conhecido como a Revolução dos Cravos.
PRIMEIRA VERSÃO (1975)*
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
https://www.youtube.com/watch?v=hdvheuHhF2U
SEGUNDA VERSÃO (1978)*
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim